ONU escolhe grupo para avaliar neutralidade da UNRWA

“Esta revisão responde a um pedido feito pelo comissário-geral da UNRWA, Lazzarini, no início deste ano”, referiu o gabinete do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.

António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou, esta segunda-feira, a nomeação de um grupo de revisão, independente, para avaliar a “neutralidade” da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), pela qual a ex-ministra francesa Catherine Colonna será responsável.

O comunicado divulgado, esta segunda-feira, pelo gabinete do líder da ONU refere que este grupo foi criado em consulta com o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, e terá como objetivo avaliar se esta estrutura “está a fazer tudo ao seu alcance para garantir a neutralidade e responder às alegações de violações graves quando estas são cometidas”.

O grupo de trabalho será liderado por Catherine Colonna, ex-ministra dos Negócios Estrangeiros de França, e irá contar com o auxílio de três organizações: o Instituto Raoul Wallenberg na Suécia, o Chr. Instituto Michelsen na Noruega e o Instituto Dinamarquês para os Direitos Humanos.

Prevê-se que os trabalhos comecem, ainda este mês, a 14 de fevereiro, tendo o grupo de apresentar um documento intercalar, a António Guterres, no final de março, e que o relatório final esteja concluído no final de abril.

“Esta revisão responde a um pedido feito pelo comissário-geral da UNRWA, Lazzarini, no início deste ano”, referiu o gabinete do secretário-geral da ONU.

 O grupo irá estar encarregue da identificação dos mecanismos e procedimentos que a UNRWA dispõe atualmente para assegurar a neutralidade e responder a alegações ou informações que indiquem que o princípio possa ter sido violado, bem como a verificação como esses mecanismos e procedimentos foram ou não utilizados e se foram feitos todos os esforços possíveis para aplicá-los em todo o seu potencial, tendo em conta o ambiente operacional, político e de segurança em que a agência trabalha.

“O secretário-geral observa que estas acusações surgem num momento em que a UNRWA, a maior organização da ONU na região, está a trabalhar em condições extremamente desafiantes para prestar assistência vital aos dois milhões de pessoas na Faixa de Gaza que dela dependem para a sua sobrevivência, no meio de uma das maiores e mais complexas crises humanitárias do mundo”, explica a nota da ONU.