A Agência Nacional de Recursos Minerais (ANRN), as diamantíferas angolanas Endiama e Sodiam assinaram esta terça-feira um Memorando de Entendimento Estratégico (MEE) com a multinacional De Beers. O objetivo é a promoção do setor diamantífero de Angola,
O acordo, revela um comunicado, tem como prioridades “o aumento da produção de diamantes, o crescimento da mineração de diamantes aluviais e a melhoria das oportunidades de desenvolvimento social, em benefício dos cidadãos nacionais”.
No documento, as entidades afirmam que o memorando começa por rever “uma série de depósitos existentes de kimberlito para reavaliar a sua atratividade económica através da aplicação potencial de novas tecnologias, e a identificação das oportunidades para fazer crescer o setor de mineração de diamantes aluviais em Angola”.
Para tal, considera-se a “aplicação das soluções e aprendizagens da De Beers na promoção da transparência e rastreabilidade da produção de diamantes deste setor”.
Outro objetivo é implementar “trabalho conjunto para promover os diamantes de Angola e um ambiente que permitirá que todas as partes da cadeia de valor dos diamantes sejam estabelecidas ou fortalecidas em Angola”.
O entendimento procura ainda “identificar as oportunidades para desenvolver a capacidade da comunidade local na adoção de abordagens melhoradas à sustentabilidade e ao desenvolvimento social, aproveitando a estrutura de sustentabilidade Building Forever do Grupo De Beers sempre que possível”.
O presidente do conselho executivo da De Beers, Al Cook, afirmou que “Angola continua a dar o exemplo como um país que reformou as suas perspetivas através de uma maior transparência, da adoção de melhores práticas reconhecidas internacionalmente e de um ambiente de investimento favorável aos negócios”.
Já o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Ganga Júnior, considerou que “esta é uma parceria estratégica com o objetivo de aumentar a produção de diamantes em Angola e contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país”.
A assinatura surge depois de dois contratos de investimento mineral em 2022 para áreas licenciadas no nordeste de Angola, onde estão em curso atividades de exploração.