A Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) tem registados 19 grupos organizados de adeptos (GOA), dos quais sete de clubes da I Liga portuguesa de futebol.
As claques organizadas, legalmente designadas GOA, ficaram, com a alteração legislativa de reforço dos mecanismos de combate à violência no desporto, publicada em agosto de 2023, obrigadas a estar constituídas como associação e registadas pelos clubes [considerados os promotores dos eventos] na APCVD.
Com a entrada em vigor desta lei, em setembro do ano passado, “todos os apoios técnicos, financeiros e materiais ou facilidades concedidas a grupos organizados de adeptos pelo promotor do espetáculo desportivo são objeto de protocolo a celebrar entre as partes, devendo este ser publicado pela APCVD no seu sítio na Internet, juntamente com o respetivo registo”.
À agência Lusa, esta autoridade confirmou o registo de 19 GOA, advertindo que outros três foram suspensos ou cancelados a pedido dos promotores [clubes] e outros dois foram suspensos por incumprimento dos promotores.
Também deu conta de que estas claques, as sete de clubes da I Liga, cinco da II Liga, três da Liga 3 e outras tantas do Campeonato de Portugal, declararam um total de cerca de 5.300 adeptos. Esta listagem foi enviada, de forma preventiva, para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os Super Dragões, claque afeta ao FC Porto, são os que registaram mais elementos, num total de 4.000, sendo que os outros seis primodivisionários com GOA legais são Boavista (281 elementos), Sporting (179, da Brigada Ultras Sporting, sem que haja protocolo com Juve Leo ou Diretivo XXI), Estrela da Amadora (157), Rio Ave (56), Famalicão (51) e Gil Vicente (46).
Os registos suspensos por incumprimento dos clubes referem-se aos das claques de Vitória de Guimarães e Arouca, enquanto o Desportivo de Chaves e o Sporting, este relativamente à Torcida Verde, são os casos de registos suspensos a pedido dos promotores.
Nacional, Tondela, Marítimo, AVS e Feirense, da II Liga, Sanjoanense, Caldas e Lourosa, da Liga 3, e Vitória de Setúbal [que tem protocolos com duas claques, o VIII Exército e o Ultras Grupo 1910], Tirsense e Beira-Mar, do Campeonato de Portugal, são outros clubes com claques legalizadas, de acordo com o sítio na Internet da APCVD.