O representante da República na Região Autónoma da Madeira, Ireneu Barreto, anunciou, este sábado, que o governo de gestão se vai manter em funções, até o chefe de Estado decidir se dissolve a Assembleia Legislativa, o que só poderá ocorrer depois de 24 de março.
“Em suma, considero ser preferível manter a atual situação do XIV Governo Regional – o qual permanecerá em funções de gestão por poucas semanas, eventualmente prolongadas em caso de agendamento de eleições –, a nomear já um novo Governo Regional, que, ainda mesmo antes de conhecer os assuntos pendentes, poderia dentro em pouco entrar também em funções de gestão”, afirmou Ireneu Barreto, numa declaração aos jornalistas no Palácio de São Lourenço, no Funchal.
Para o representante da República, o governo “tem todas as condições para trabalhar”. Ireneu Barreto reconheceu que a sua decisão é “discutível”, mas que é aquela que “segura os interesses maiores da região”.
“Esta é a minha solução. É boa, é má, só o futuro o dirá”, acrescentou.
Recorde-se que o líder do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, apresentou a sua demissão depois de ter sido constituído arguido no âmbito do processo em que são investigadas suspeitas de corrupção na região.
Três outros arguidos foram detidos, o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia, libertados após 21 dias a aguardar as medidas de coação do juiz.