Três candidaturas apresentam-se este domingo a votos nas eleições intercalares da Assembleia de Freguesia de Alvega e Concavada, no concelho de Abrantes. O sufrágio é a sequência da renúncia ao mandato da maioria dos elementos do órgão autárquico.
PSD, CDU (coligação PCP/PEV) e PS são, pela ordem do boletim de voto, as forças políticas concorrentes nas segundas intercalares desde as autárquicas de 2021.
As mesas de voto estão abertas desde as 08h00, encerram às 19h00 e há 1.638 eleitores inscritos.
Segundo o despacho de marcação do sufrágio, as eleições são realizadas “face ao esgotamento da possibilidade de substituição dos membros da Assembleia de Freguesia que renunciaram ao respetivo mandato, quer dos eleitos pela lista mais votada, quer dos eleitos pela segunda lista mais votada”.
Neste contexto, não se encontrava “em efetividade de funções a maioria do número legal de membros da Assembleia (cujo quorum é, em concreto, de cinco membros)”.
Os problemas de gestão da freguesia começaram logo após as autárquicas de setembro de 2021, em que o PS venceu por 23 votos de diferença, elegendo três elementos. O mesmo número foi eleito pelo PSD, a segunda força política mais votada, e tantos quantos o BE.
As três propostas apresentadas então pelo PS para formar um executivo foram chumbadas por BE e PSD, que acabaram por renunciar ao mandato e antecipar o cenário de novas eleições, confirmado em janeiro de 2022 num despacho assinado pelo Governo.
Para essas eleições foi criado o Movimento Independente da União de Freguesias de Alvega e Concavada (MIUFAC), encabeçado por António Moutinho, que tinha concorrido pelo PSD em 2021.
Nas intercalares apresentou-se com elementos das listas do PSD e do BE, partidos que abdicaram de candidaturas próprias.
Em março de 2022, o MIUFAC teve maioria absoluta, com 51,2% dos votos (481 votos do total dos 1.678 eleitores inscritos), contra 369 votos do PS (39,3%) e 79 votos da CDU (8,4%).
Os problemas, no entanto, não pararam, com vários membros do movimento de cidadãos a apresentarem a renúncia aos cargos e, em agosto, os socialistas renunciaram também, em protesto pela “instabilidade política”.