Quase sete dezenas de empresas portuguesas de calçado e artigos de pele participam a partir deste domingo, em Milão, Itália, nas feiras internacionais MICAM, MIPEL e Lineapelle. A aposta é inverter a quebra 5,1% das exportações em 2023.
“Este será um ano importante para a nossa atividade” afirma o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS).
A APICCAPS organiza a participação portuguesa de um total de 68 empresas na feira de calçado MICAM, na de acessórios de pele MIPEL e na de componentes para calçado e curtumes Lineapelle.
“O nosso setor exporta mais de 90% da sua produção e, depois de um 2023 muito difícil para toda a fileira da moda à escala internacional, temos a expectativa de que este seja um ano de afirmação do calçado português nos mercados externos”, sublinha Luís Onofre, citado pela agência Lusa.
No ano passado, a fileira de Portugal de calçado e artigos de pele exportou 2.222 milhões de euros, o que representa uma quebra de 5,1% face a 2022.
O setor do calçado exportou 66 milhões de pares de calçado, no valor de 1.839 milhões de euros. O valor é uma quebra de 11,3% em quantidade e de 8,2% em valor ao ano anterior. Quanto ao preço médio do calçado exportado, subiu 3,45%, para 27,70 euros o par.
Já o setor de artigos de pele e marroquinaria aumentou as exportações em 14%, para 310 milhões de euros, enquanto as vendas para o exterior de componentes para calçado cresceram 13,6%, para 73 milhões de euros.
Nesta edição das três feiras, que até quinta-feira, Portugal estará representado por 35 empresas na MICAM, por uma na MIPEL e por 32 no certame de componentes para calçado e de curtumes Lineapelle.
A fileira portuguesa do calçado — que abrange os setores do calçado, componentes e artigos de pele — é constituída por 1.500 empresas, 40.000 postos de trabalho e exporta 90% da produção para 173 países.