A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) defendeu, esta terça-feira, o alargamento do prazo para a interrupção voluntária da gravidez das dez para as doze semanas.
Em conferência de imprensa, a especialista Ana Campos recordou que Portugal é um dos três países europeus onde a idade gestacional em que se pode fazer interrupção voluntária da gravidez (IVG) é de 10 semanas e seis dias, acrescentando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda as 12 semanas.
“Eu penso que não devemos ter medo de as pessoas passarem a abortar mais tarde, porque nós sabemos, enquanto mulheres, que quando uma decisão está assumida, é preciso que ela seja feita o mais rápido possível”, disse ainda.
“Neste momento, o período de espera habitualmente para uma consulta é de cinco dias e até tem sido dada uma resposta mais ou menos cabal, de 5, 6 dias a nível nacional, mas chegada à consulta a pessoa de que esperar habitualmente três dias”, continuou.
Para a especialista, os três dias de reflexão “são absolutamente desnecessários”, e explicou o porquê: “as Mulheres não querem esperar porque já decidiram, mas há umas que querem e que precisam de esperar. Então, esta questão dos três dias não deve ser obrigatória, mas deveria ser facultativa.