O Papa considerou esta sexta-feira que o pior perigo nos tempos atuais é a ideologia de género. De acordo com Francisco, esta anula as diferenças entre homens e mulheres.
“Gostaria de sublinhar uma coisa: é muito importante que se realize este encontro entre homens e mulheres, porque hoje o pior perigo é a ideologia de género, que anula as diferenças”, afirmou o Papa numa intervenção lida por um dos seus colaboradores na conferência no Vaticano, intitulada “Homem e Mulher, Imagem de Deus”.
Francisco, que confirmou ainda estar constipado e, para não se cansar, pediu que a sua intervenção fosse lida por monsenhor Filippo Ciamparelli, anunciou que foram solicitados estudos “sobre esta feia ideologia do nosso tempo, que apaga as diferenças e torna tudo igual”, destacando que “apagar a diferença é apagar a Humanidade”.
O Papa sempre condenou a chamada “ideologia de género”, chamando-a de uma das “colonizações ideológicas mais perigosas do nosso tempo”.
Francisco afirmou que “o Homem e a Mulher, por outro lado, encontram-se numa tensão frutífera”, e invocou o livro ‘Senhor do Mundo’, escrito por Robert Hugh Benson em 1907, que “fala do futuro e é profético, porque mostra esta tendência de apagar todas as diferenças”.
A conferência realizada esta sexta-feira no Vaticano foi organizada pelo Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações. O prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, Víctor Manuel Fernández, revelou em entrevista à agência de notícias EFE que está a trabalhar num documento que abordará a posição da Igreja sobre questões morais “como mudança de sexo, ‘barriga de aluguer’ e ideologias de género”.
Segundo o Vaticano, o Papa Francisco, apesar de estar constipado, vai comparecer hoje a todos os eventos planeados, segundo o Vaticano.
Na quarta-feira, Francisco foi a uma unidade do Hospital Gemelli para realizar exames, após ter cancelado a sua participação em alguns eventos nos dias anteriores devido a “sintomas leves de constipação”.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, confirmou quinta-feira que o Papa “sente-se bem” e os exames que realizou no Hospital Gemelli, na ilha Tiberina, no centro de Roma, foram “rotineiros”.