Ativistas climáticos pintaram de vermelho o átrio e os leitores das portas de embarque do Aeroporto de Lisboa, esta segunda-feira.
“Avançar com um novo aeroporto em Lisboa e debater a sua localização é um crime; para travar a crise climática é necessário reduzir a aviação em mais de 90% e apostar em transportes públicos elétricos para todas as pessoas, não num novo aeroporto”, defendem os ativistas do grupo Climáximo.
O grupo lamenta que exista “um consenso generalizado no debate público e entre os partidos que concorrem às eleições que definir a localização do novo aeroporto de Lisboa é uma prioridade máxima da próxima legislatura”.
Para os ativistas, “isto só torna clara a hipocrisia total dos partidos que dizem levar a sério a crise climática mas que continuam 100% comprometidos com novos projetos de morte”.
“Temos que esquecer a ilusão de que a aviação é uma necessidade básica. Metade das emissões deste setor são produzidas pelos 1% mais ricos do mundo, enquanto 80% nunca voou sequer. O que é básico é defender a vida contra os interesses destrutivos do lucro e transitar do meio de transporte mais desigual que existe para transportes terrestres movidos a energia limpa e acessíveis a todas as pessoas”, sublinham.
Na sequência do protesto, que pretendia atrasar os passageiros em trânsito no aeroporto, pelo menos três pessoas foram levadas pela polícia.