Os socialistas, comunistas e bloquistas, ajudados pela comunicação social, diziam que a AD estava a esconder Passos Coelho, eis senão quando Luís Montenegro informa que ele vai participar no comício de Faro.
No próprio dia do comício e nos dias seguintes passaram a deturpar o que Passos Coelho tinha dito e a alertar que tinha abordado temas do Chega, como se discutir a imigração e a segurança fosse um tema tabu que só o Chega pode falar.
Leiam o artigo de Ricardo Reis “A imigração e a insegurança”, publicado no Expresso, onde ele refere “Passos Coelho tem razão: as pessoas associam a imigração à insegurança, e as políticas de imigração têm um efeito no crime. Mesmo que mais imigrantes impliquem menos crime”.
Leiam o artigo de João Vieira Pereira “Sim, temos um problema com a imigração”, publicado no Expresso, onde ele refere “Por muito que não gostemos de ouvir, por muito que não tenha aderência aos números da criminalidade, o falhanço na integração e a desproteção dos imigrantes é pólvora para o sentimento de insegurança”.
A AD tem defendido políticas que equilibram a abertura à imigração, a integração dos imigrantes, com a segurança e o bem-estar dos cidadãos.
Portugal é um país seguro e deve receber os imigrantes com dignidade, pois é também um país onde os portugueses emigram para outros países. Devemos receber os imigrantes como queremos que recebam os portugueses nos outros países. A economia portuguesa precisa dos imigrantes para trabalharem em sectores em que não há mão-de-obra portuguesa.
Carlos Moedas, no comício de Évora, disse “Sim, o nosso país precisa de imigrantes. Mas, para isso, precisa de uma verdadeira política de imigração. O PS e a extrema-esquerda criaram o caos. Nós queremos receber com dignidade. Não podemos tolerar atentados contra a dignidade humana”. Lembrou que ele foi emigrante e casou com uma imigrante.
Outra coisa diferente é defender uma política de portas escancaradas onde não há controlo sobre quem entra em Portugal. Para além das máfias que introduzem imigrantes ilegais e ganham dinheiro com a sua regularização, através da corrupção, há também gangues de imigrantes que têm praticado vários crimes, como assaltos a residências e a pessoas. Também houve quem tenha entrado como refugiado e tenha sido do estado islâmico. O PS em vez de resolver os problemas dos imigrantes acabou com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Não há temas tabus, nem temas que só o Chega fala. Todos os partidos devem falar em temas como o combate à corrupção e à economia paralela, os abusos com as prestações sociais não contributivas, as questões de segurança, a imigração descontrolada, a ideologia de género e o patriotismo.
O Chega fala destes temas duma forma oportunista, não para os resolver, pois não vai ser governo, mas de uma forma populista para conseguir votos.