As sedes de vários partidos políticos, foram, esta sexta-feira, alvos de mais outro protesto do grupo de ativistas climáticos, Greve Climática Estudantil. Os jovens pintaram frases de protesto nas sedes de vários partidos.
O grupo ativista, numa nota enviada às redações, indica que foram escritas frases como: “Eletricidade 100% renovável e gratuita”, “Fim ao Fóssil 2030” e “Este partido não tem um plano”.
Na sede do Chega, não foi escrita qualquer frase, mas acabou por ser coberta de tinta porque, o partido de André Ventura, “não passa do cão de guarda do sistema fóssil”.
“O ódio e sistemas de opressão que o partido representa são sintomas do sistema fóssil que coloca o lucro acima da vida, e estão ao serviço dele”, lê-se na nota.
A Greve Climática Estudantil pretende, através destas ações de protesto, “responsabilizar os partidos pela falta de planos para o fim ao fóssil até 2030”. “Eleições em 2024 dão mandato até 2028. Este é o último mandato para resolver crise climática. Não ter agora um plano para fim ao fóssil até 2030 é condenar o nosso futuro. É condenar milhões à morte”, esclarece a porta-voz da ação, Matilde Ventura.
Os jovens ativistas consideram que, no ano em que se celebram 50 anos do 25 de Abril, a “inação dos partidos está a pôr em causa os direitos que esta revolução ganhou”.
Na nota, o grupo lembra que, em novembro do ano passado, quando diversos jovens bloquearam a entrada das sedes de vários partidos, apresentou um plano que previa a redução, em 85%, das emissões de gases efeitos de estufa, até 2025.
“Já levámos aos partidos o plano que explica como podem cumprir esta meta. Nenhum partido pode alegar não saber como fazer o fim ao fóssil nos prazos da ciência. Nem que a transição traria alguma dificuldade para as pessoas, pois a eletricidade renovável seria muito mais barata para todos, podendo ser gratuita através de um serviço público de energias renováveis”, esclarecem os ativistas.
A Greve Climática Estudantil garante que não vai “dar paz às instituições”, para que o objetivo seja garantido, e acrescente que, durante o próximo mês de maio, vão iniciar uma onda de ações, que apelidam de “Primavera Estudantil Pelo Fim ao Fóssil”.
“Não dizemos que não se deve votar no dia 10. Dizemos que isso não chega. A nossa luta vai fazer-se nas escolas e nas ruas. Sabemos que estamos do lado certo da história”, sublinha a porta-voz.