Pela primeira vez nos estudos realizados pela Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews, a maioria dos portugueses acredita que a AD de Luís Montenegro vai ganhar as eleições do próximo domingo, e não o PS de Pedro Nuno Santos. Em todos os estudos anteriores, desde que Marcelo Rebelo de Sousa aceitou a demissão de António Costa e convocou eleições legislativas para 10 de março, o PS era apontado como a força política com maior probabilidade de vitória.
Já em relação à intenção de voto dos portugueses, a sondagem mantém a vantagem da Aliança Democrática sobre os socialistas, que vem sendo consolidada desde o anúncio do entendimento entre PSD e CDS-PP.
Neste último estudo, a AD (29.8%) tem mais 3% dos votos do que o PS (27%%), o Chega mantém-se na fasquia dos 18% como terceira força política, sendo que a IL (6,4%) surge à frente do BE (5,4%) e o Livre (4,6%) da CDU (2,5%), com o PAN (1,2%) em risco de perder a representação parlamentar.
A confirmar-se este cenário, se não houver uma transferência de votos de última hora, Luís Montenegro será o próximo primeiro-ministro e formará governo minoritário.
Ou seja, embora com as devidas diferenças, poderemos ter uma situação de estabilidade governativa muito idêntica à que se verifica nos Açores desde as regionais de fevereiro.
Nesta sondagem, dois em cada três inquiridos afastam a possibilidade de acordo entre a AD e o Chega por forma a assegurar uma maioria parlamentar.
E a maioria também continua a rejeitar uma nova ‘geringonça’, retirando toda a legitimidade à hipótese aventada por Rui Tavares e admitida subliminarmente por Pedro Nuno Santos, de a esquerda poder formar governo se tiver mais assentos parlamentares do que a AD e a IL juntas – lançando mão da designada ‘teoria dos três blocos, em que o Chega não contaria para nada, por maior que seja a sua representação na Assembleia da República.
Ficha técnica
Estudo de opinião sobre a atual situação social e política em Portugal, realizada pela Consulmark2, Estudos de Mercado e Trabalho de Campo, Lda para o jornal Nascer do SOL. Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal. Amostragem por quotas pelas variáveis sexo, idade e região, com base nos Censos 2021. A amostra teve 801 entrevistas efetivas: 394 homens e 407 mulheres; 57 entre os 18 e os 24 anos, 113 entre os 25 e os 34 anos, 134 entre os 35 e os 44 anos, 279 entre os 45 e os 64 anos e 218 para os 65 e mais anos; Norte 282, Centro 172, A. M. Lisboa 223, Alentejo 53, Algarve 33, R. A. Açores 18 e R. A. Madeira 20. Técnica: Entrevistas telefónicas (CATI). O trabalho de campo decorreu entre 1 e 6 de março de 2024. Taxa de resposta: 71,1%. O erro máximo de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de + 3,5%. Responsabilidade do estudo: Consulmark2, Estudos de Mercado e Trabalho de Campo, Lda, sob a direção técnica de José Constantino Costa.