O surf aéreo que deixou de fora os portugueses

O terceiro dia de competição nos Supertubos de Peniche foi frustrante para os surfistas portugueses. Apesar do talento, Frederico Morais e o estreante Matias Canhoto foram eliminados.

A liga mundial de surf está em Portugal, mas os surfistas portugueses já foram embora. Depois de três lay days (dias sem competição) devido às condições atmosféricas adversas, os melhores surfistas do mundo regressaram à praia de Supertubos, onde executaram manobras aéreas e alguns tubos de belo efeito. Estão reunidas as condições para uma boa reta final do Meo Rip Curl Pro Portugal, que deverá terminar dia 16.

Foi um dia de muita ação, com heats em simultâneo, alguns decididos na última rasgada, e pontuações elevadas. Frederico Morais teve uma bateria difícil frente ao brasileiro Yago Dora e acabou eliminado da prova do World Surf League (WSL). Os dois pegaram boas ondas e executaram movimentos de grande nível, mas a manobra aérea de Dora foi muito valorizada pelos juízes (nove pontos em dez possíveis) e isso valeu-lhe o primeiro lugar.

O melhor surfista português da atualidade encarou a eliminação com fairpaly “sinto-me bem, isto faz parte do desporto. É a profissão que escolhi. O Yago surfou bem, deu um voo melhor e segue para a próxima. Fiz o meu trabalho, surfei bem, mas o surf dele foi melhor”, reconheceu.

Esta eliminação complica a posição de Kikas Morais no Championship Tour (CT), mas tem ainda o duplo evento na Austrália para conseguir uma pontuação que evite a eliminação no “cut” a meio da época. “Sou feliz na mesma, ganhando ou perdendo. Essa é a minha abordagem hoje em dia. Acho que tenho outras prioridades na vida”, disse no final da sua participação.

O outro surfista português, Matias Canhoto, defrontou Jack Robinson, segundo do ranking mundial, na terceira ronda. O jovem de 17 anos não se encontrou durante a bateria e foi eliminado. Os portugueses terminaram o evento do CT na 17.ª posição.