A NAV indicou, esta terça-feira, ter realizado “contactos informais” com os promotores do aeroporto em Santarém, contudo, afirmou que os problemas de navegabilidade, pela proximidade à base aérea de Monte Real, não estão ultrapassados, sendo necessário fazer novos estudos.
Fonte da entidade responsável pela navegação aérea, citada pela agência Lusa, confirmou “contactos informais com os promotores do referido projeto”.
“De qualquer forma, e independentemente destes contactos, reitera-se que qualquer alteração de pressupostos requer novos estudos e análises a serem solicitadas pela CTI [Comissão Técnica Independente]”, sublinhou a fonte.
Na passada segunda-feira, a CTI entregou o relatório final da ambientação estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de Alcohcete ou Vendas Novas, mas este novo documento indicava que Humberto Delgado + Santarém “pode ser uma solução”.
Carlos Brazão, porta-voz do projeto do aeroporto em Santarém, afirmou, citado pela agência Lusa, que a Comissão Técnica Independente “não deu a devida atenção ao trabalho desenvolvido sobretudo entre dezembro e janeiro com a NAV”, que, de acordo com os promotores do projeto, resultou em variadas soluções que permitem solucionar os problemas de navegabilidade aérea, pela proximidade à base aérea de Monte Real, apontados no relatório preliminar.
Mais tarde, Maria Rosário Partidário, Coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI), explicou que “Santarém nunca foi descartado, porque Santarém faz parte das opções estratégicas que constam da Resolução do Conselho de Ministros e, portanto, tinha de se manter na avaliação até ao final, o que acontece foi que nós, no relatório preliminar, quando considerámos Santarém inviável, era inviável para se constituir como um ‘hub’ intercontinental”.
O relatório final, que se encontra disponível para consulta na página aeroparticipa.pt, e que sugere, como alternativa principal, o Aeroporto em Alcochete ou Vendas Novas, irá ser formalmente entregue, ao Governo, em 22 de março, juntamente com o parecer da Comissão de Acompanhamento, presidida por Carlos Mineiro Aires.