Câmara de Cascais investe 330 milhões para aumentar oferta de habitação no concelho

Autarquia, liderada por Carlos Carreiras, avança já com compra de 79 casas e com a reabilitação de 73 prédios.

Cascais aprovou, esta terça-feira, em reunião da câmara a aquisição de 79 fogos e frações de imóveis do Concelho e o lançamento de empreitadas para a reabilitação de 73 prédios de Habitação Social, um investimento de 330 milhões até 2028.

“Este é o maior e mais ambicioso plano de habitação que Cascais conheceu, mesmo considerando o PER – Plano Especial de Realojamento., iniciado em 1993. Temos vindo a efetuar um planeamento consistente e estratégico e uma gestão muito rigorosa com apreciáveis aquisições de terrenos. Estamos, assim, preparados para concretizar com forte vontade política, habilitados com os instrumentos financeiros e com capacidade técnica, no município, para liderar esta grande reforma na habitação pública colocando Cascais como referência no país”, afirmou Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

A Estratégia Local de Habitação de Cascais, em que se insere esta operação, conta com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através de um acordo estabelecido entre a Autarquia e o Instituto de Habitação e da Reabilitação Urbana (IRHU) que se traduz em 162 milhões de euros.

Além de aquisição e renovação de imóveis, o acordo prevê ainda a construção de novas casas e compra de terrenos com um valor total de €330 milhões de investimento até 2028.

Cascais passará a ter mais de três mil soluções habitacionais nas quatro freguesias do concelho que, somadas aos atuais cerca de três mil fogos de habitação social que estão a ser reabilitados, irão duplicar o parque habitacional municipal.

Este acordo, assinado com o IRHU em 2022, está agora numa fase final de renegociação dos valores fruto de uma atualização da estratégia municipal.

Cascais tem diversificado e intensificado programas de acesso universal à habitação, para dar resposta às necessidades dos jovens, das famílias, sobretudo às que estão em situação de maior vulnerabilidade económica e social, mas também à classe média, afetada pelo aumento dos custos da habitação, assim como pessoas com deficiência e pessoas em condição de sem abrigo.