CGD. Privatização significa ‘parte estrangeira’, garante Paulo Macedo

Líder do banco destacou também o “primeiro lugar” nos testes de stress europeus

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou esta segunda-feira que  o banco público, se fosse privatizado, ficaria imediatamente com uma “parte estrangeira”. A razão é a falta de capitais suficientes em Portugal.

“Há quem diga que a Caixa devia ser privatizada. A consequência de a Caixa ser privatizada é que imediatamente passava a ser uma parte estrangeira, porque não há capital suficiente em Portugal para pôr 10 biliões de euros ou qualquer coisa que a Caixa tem de capitais próprios”, disse Paulo Macedo.

Ainda assim, na abertura de mais uma edição dos Encontros Fora da Caixa, em Braga, o líder da CGD admitiu que Portugal precisa de mais investimento estrangeiro, porque tem “uma insuficiência de capitais próprios”.

Paulo Macedo destacou também o “primeiro lugar” da CGD nos testes de stress europeus, sublinhando que “a  Caixa, felizmente, não apresentou só bons resultados (…), mas conseguiu também ter o melhor lugar em termos de reputação e conseguiu ter o primeiro lugar em termos de stress de testes dos bancos europeus, que era uma coisa impensável aqui há três anos, ou 10, ou 15 ou 20, ponham o prazo que quiserem”.

“Nunca ninguém julgou que um banco português ficasse no primeiro lugar, ao mesmo tempo que consegue subir os seus ‘ratings’ [notações]”, vincou o líder da CGD, banco que lucros recorde de 1.291 milhões de euros em 2023, mais 53% do que os 843 milhões de euros obtidos em 2022.