Apoio chinês à invasão russa da Ucrânia preocupa EUA

O mais recente encontro entre os dois presidentes ocorreu em novembro de 2023 e este apelo foi uma forma de manter aberto o diálogo para gerir a competição entre os dois países

O Presidente norte-americano transmitiu esta terça-feira  ao seu homólogo chinês a preocupação dos EUA em relação ao apoio da China à Rússia na invasão da Ucrânia. Joe Biden e Xi Jinping tiveram a primeira conversa telefónica desde 2022.

“A China é, obviamente, um país soberano que tomará as suas próprias decisões sobre as suas relações, mas estamos muito preocupados com o rumo que isto está a tomar”, afirmaram altos funcionários da administração norte-americana. 

Em declarações à imprensa antes da chamada telefónica, responsáveis da Casa Branca indicaram que Biden pretendia centrar a conversa na preocupação que Washington sente com a ajuda que Pequim tem prestado à máquina de guerra russa. Os EUA consideram que terá um impacto a longo prazo na segurança europeia.

O mais recente encontro entre os dois presidentes ocorreu em novembro de 2023 e este apelo foi uma forma de manter aberto o diálogo para gerir a competição entre os dois países.

Na conversa telefónica estava na agenda a importância de manter a paz e a estabilidade tanto no Estreito de Taiwan bem como no Mar do Sul da China, rico em recursos e onde Pequim mantém disputas territoriais com países vizinhos.

Washington também está a pressionar Pequim a usar a sua influência junto do Irão para que este país persuada os houthis, rebeldes iemenitas sob órbita de Teerão, a pararem de atacar os navios no Mar Vermelho.

A conversa entre os dois dirigentes será seguida de visitas à China de outros membros do Governo norte-americano, incluindo uma deslocação da secretária do Tesouro, Janet Yellen, nos próximos dias, e do secretário de Estado, Antony Blinken, nas próximas semanas.