Sindicato pede que privatização da Azores Airlines seja travada “imediatamente”

O júri do concurso público admitiu reservas relativamente ao único concorrente.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) pediu, esta segunda-feira, ao Governo Regional dos Açores, para que “pare imediatamente” a privatização da Azores Airlines. As preocupações do sindicato surgem depois do júri do concurso ter manifestado reservas sobre o único concorrente.

A estrutura sindical explicou, em comunicado, que o “júri constituído para avaliar o processo de privatização da Azores Airlines  entregou, na passada sexta-feira, o relatório final sobre o processo”, tendo mantido “a sua posição já expressa no relatório preliminar”.

O júri manteve “apenas um dos consórsios que concorreram” e, a´te esse concorrente, “não apresenta as mínimas condições para garantir a continuidade da operação da companhia”, esclarece o sindicato.

O Sitava referiu também que “o presidente do júri foi ainda mais longe”, e demonstrou “reservas quanto à capacidade financeira do consórcio para garantir a viabilidade futura da companhia”.

“Entregar a companhia a esta entidade seria um verdadeiro desastre”, rematou a estrutura sindical. “Parece-nos, pois, óbvio que com a entrega deste relatório e principalmente com o seu resultado, este processo terá que parar imediatamente”, destacou, relembrando: “a traumática experiência por que passámos deve servir de exemplo para não voltar a repetir”.

O sindicato pede ao Governo Regional para “que pare imediatamente o processo”, sendo que “reconhecer um erro e inverter a trajetória não fragiliza o Governo”.

Apesar de manter a sua decisão, de aceitar apenas um concorrente no relatório final, o júri do concurso público, da privatização da Azores Airlines, admitiu reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia.