A Polícia Judiciária (PJ), sem adiantar muitos pormenores, anunciou que o objetivo, de “recolha de informação”, nas buscas na Câmara de Cascais, foi concluído.
Os inspetores estiveram, durante esta quarta-feira, a realizar diligências na Câmara Municipal de Cascais no âmbito de uma investigação, que recai sobre uma fábrica de máscaras, criada pela autarquia, durante a pandemia.
A infraestrutura teve um investimento de 800 mil euros para a compra de duas máquinas vindas da china, para a produção de cinco milhões de máscaras por mês.
O vice-presidente da autarquia, na altura, era Miguel Pinto Luz, atual ministro das infraestruturas, e esteve próximo do projeto desde o início.
O atual presidente da autarquia de Cascais, Carlos Carreiras, afirmou, em declarações aos jornalistas, que não está surpreendido com as buscas, sendo que decorrem de um relatório que o Tribunal de Contas (TdC) elaborou na sequência das inspeções feitas à fábrica.
O autarca, que disse estar de “consciência tranquila”, explicou que a Câmara de Cascais constestou desde logo o relatório, por entender que “não havia nenhuma irregularidade”, algo que será “apurado” com estas buscas.
Carlos Carreiras referiu ainda que, para além das diligências na Câmara, a PJ está a fazer buscas a meios informáticos no Edifício São José, onde funcionavam os serviços de Urbanismo do concelho, no Cascais Center e na empresa municipal que geriu o processo da comunicação das máscaras.