A Uber anunciou, esta terça-feira, que a sua sede em Lisboa está a ser alvo de buscas, e assegurou que a plataforma eletrónica “não é a entidade visada das mesmas”.
Fonte oficial da Uber, citada pela agência Lusa, confirmou “as diligências nas nossas instalações” mas clarificou que, “a Uber não é a entidade visada das mesmas”.
Estamos a colaborar com as autoridades e a disponibilizar toda a informação solicitada”, acrescentou.
No cerne das investigações estão alegadas ilegalidades cometidas por empresas de entrega de refeições ao domicílio, através da Uber, que, conforme suspeitam as autoridades, terão lesado o Estado em 28 milhões.
O Instituto da Segurança Social, em comunicado, refere que uma equipa mista, onde também se encontra a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), e outros organismos, realizou, esta terça-feira, uma operação centrada na “perseguição de ilícitos criminais tributários no setor das empresas de distribuição de refeições ao domicílio”.
Estima-se que, até à data, este esquema tenha resultado na subtração de 28 milhões de euros em IVA. A este valor deverá somar-se o valor correspondente às contribuições para a Segurança Social.
A CNN Portugal avança que o acesso ao piso, onde estão localizados os servidores da empresa, foi vedado a funcionários. A estação de televisão refere ainda que os inspetores encontram-se a investigar informação comercial, e que a investigação poderá estar ligada com a frota de estafetas ligada à Uber Eats, que coloca em contacto os motoristas com os restaurantes.