No decorrer da madrugada, desta sexta-feira, as autoridades iranianas registaram explosões em Isfahan, cidade localizada a sul de Teerão. De acordo com a imprensa internacional, que cita fontes internacionais, o ataque foi perpetuado por Israel, apesar de ainda não ter sido oficialmente reivindicado.
Conforme avançam a NBC e CNN, os Estados Unidos da América (EUA) foram informados por Israel para um ataque contra o Irão. Este ataque em solo iraniano obrigou o país a desviar todos os voos comerciais.
Em Isfahan, local onde se encontram as instalações nucleares iranianas, apesar das explosões, não foram registados danos significativos. A agência noticiosa iraniana IRNA explica que, “na sequência da ativação da defesa aérea em certas regiões” do Irão “não foram registados danos nem explosões significativos “.
Também a agência Tasnim, com ligações à Guarda Revolucionária do Irão, indica que as instalações nucleares na região, encontram-se “completamente seguras”.
Na rede social X, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmou a informação avançada pela Tasnim, de que não foram registados danos nas instalações nucleares do Irão.
A agência, sediada em Viena, que está a acompanhar de perto a situação, afirmou que: “A AIEA pode confirmar que não há danos nas instalações nucleares do Irão”.
A entidade apelou à “extrema contentação de todos” e indicou que “as instalações nucleares nunca devem ser alvo de conflitos militares”.
Israelitas “têm capacidade de chegar ao centro” do Irão
O The Washignton Post adiantou, esta sexta-feira, que este ataque pretende demonstrar a Teerão, que Telavive tem “capacidade para chegar ao centro” do território iraniano, com as suas armas.
O jornal norte-americano, citando uma fonte oficial israelita, confirmou que o ataque desta madrugada foi a retaliação ao bombardeamento iraniano contra Israel, perpetuado na noite de sábado e a madrugada de domingo.
A mesma fonte, que preferiu não ser identificada, não conseguiu confirmar se o ataque provocou algum dano, contudo, disse que esta ofensiva tinha o objetivo de demonstrar ao Irão que Telavive tem capacidade para atacar o interior do país.