Ursula Von der Leyen disse, esta quarta-feira, que a Rússia é “uma ameaça existencial não só para a Ucrânia, mas também para a Europa”.
A presidente da Comissão Europeia falava numa cerimónia festiva no Parlamento Europeu, no âmbito do 20.º aniversário do maior alargamento da história da União Europeia, quando entraram 10 novos Estados Membros, em 2004.
“O que acontecer na Ucrânia irá moldar o futuro da nossa União para sempre. Não podemos ignorar e não podemos subestimar o facto de a Rússia representar uma ameaça existencial não só para a Ucrânia, mas também para a Europa. Uma vitória de [Vladimir] Putin não só mudaria o mapa, não só mascararia o rosto da nação ucraniana, como mudaria o curso da história europeia. A nossa União nunca mais seria a mesma”, declarou a governante.
Ainda sobre o grande alargamento da União Europeia há 20 anos, von der Leyen disse ser “natural que se aguarde com expectativa novos alargamentos” e que é seu “dever transmitir hoje uma mensagem muito clara sobre o futuro” da União Europeia (UE), com a guerra na Ucrânia.
“A Ucrânia está a carregar esse pesado fardo nos ombros” e “está a pagar o preço mais alto todos os dias por isso”, referiu. Von der Leyen considera que “só há uma linguagem que Putin entende, e essa é dotar a Ucrânia de meios para se defender”.
“Putin acreditava que nós não defenderíamos a democracia e a independência da Ucrânia. Estava enganado. Putin acreditava que o apoio militar dos Estados Unidos não passaria no Congresso norte-americano. Enganou-se, mais uma vez. A assistência militar dos Estados Unidos e a nossa assistência, da União Europeia, é um incentivo para fazermos ainda mais. E temos de ser muito claros a este respeito. Porque para que a Europa vença no futuro, tal como aconteceu há 20 anos, a Ucrânia tem de vencer”, afirmou.