O cabeça de lista da AD às Europeias, Sebastião Bugalho, fez este domingo o seu discurso de candidatura. “Eu estou aqui porque acredito na Europa. Estou aqui porque acredito na Europa que a democracia portuguesa ajudou a construir desde 1986. E na Democracia que não seria a mesma sem essa pertença europeia.”
Ainda sobre o “sonho europeu”, Bugalho relembrou Cavaco Silva, que diz ter sido “um jovem algarvio de Boliqueime, que conseguiu uma bolsa para estudar em Inglaterra e regressou ao seu país, para mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da República.”
Falou ainda de Durão Barroso, “um jovem de Almada, que ouviu a Revolução na rádio e correu para o cacilheiro, para ver a Liberdade a acontecer, e mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da Comissão Europeia.”
Seguiu-se Carlos Moedas, “um jovem alentejano de Beja, que foi para Paris estudar graças ao programa Erasmus, se tornou engenheiro e voltou ao seu país, para mais tarde ser comissário europeu e presidente de Câmara.”
E, por fim, algumas palavras sobre Jorge Moreira da Silva, “um jovem de apenas 28 anos, como eu, em 1999, que seria relator do Parlamento Europeu para as Alterações Climáticas, e mais tarde ministro do Ambiente”.
“O que vos peço, aqui, hoje, é que lutem comigo. Lutem comigo por esse sonho. Acreditem comigo nesse sonho , que tem de ser mais do que esperança, do que uma ambição, tem de ser uma realidade. O nosso país tem quase 900 anos de história, nós sabemos o que é preciso fazer para sonhar e para cumprir. Podemos olhar para trás, para nos inspirarmos e sabemos olhar para a frente, para sabermos aquilo que queremos”, continuou.
Já sobre as críticas da opinião pública sobre ser muito jovem, afirma: “ Parece que dizem que sou muito novo. E é verdade e, como diz o senhor primeiro-ministro, é um problema que passa com o tempo. Mas o primeiro-ministro francês neste momento tem 34 anos, eu sou só candidato Parlamento Europeu”, afirma.
“E que eu tenho dado o conta, o dr. Luís Montenegro não pensa meter os papéis para a reforma. Pelo contrário, está a começar agora o seu percurso como primeiro-ministro e vai triunfar, chefiando um Governo fiel ao seu programa.”
“Pessoas certamente bem-intencionadas dizer que corremos um risco”, continuou Sebastião Bugalho. “E não é mentira. A política é o exercício permanente do risco. O Luís Montenegro arriscou quando me convidou. E eu arrisquei quando disse que sim. Também é verdade”.
O candidato fala sobre a Ucrânia, que “será cada vez mais nossa irmã na Europa” e defende uma “aproximação” da conclusão da União Bancária, de Mercado de Capitais e de Energia. “O futuro do Mercado Único Europeu depende disso. Depende de nós”.
Já no fim, afirma que “a cura para o cancro pode não ser descoberta num laboratório português, mas será uma equipa europeia, com uma cientista portuguesa, a consegui-lo”. Ou ainda que “a primeira bandeira em Marte pode não ter as nossas 7 quinas, mas terá 12 estrelas. E uma delas também será a nossa.”
“Um grande homem disse uma vez que ‘para se conhecer a vitória é preciso conhecer derrota’. Mas, eu estou plenamente convicto: Nós escolhemos ganhar”, concluiu.