Nas eleições mais concorridas de sempre, votaram mais de 27 mil sócios, a nação portista não ficou agarrada à história e muito menos se deixou intimidar e disse, através do voto, que não queria mais Pinto da Costa como presidente do FC Porto! Foram 42 anos de muitos sucessos desportivos, mas também de inúmeros casos que prejudicaram a imagem dos azuis e brancos, de que o “Apito Dourado” é o melhor exemplo. Oito em cada dez sócios do FC Porto votaram em André Villas-Boas, um resultado pesado para o velho presidente, que saiu do Dragão sem dizer uma palavra, nem aos seus apaniguados, e só no dia seguinte deu os parabéns ao vencedor. Foi este estilo de liderança que os portistas rejeitaram.
Nas primeiras declarações como presidente, Villas-Boas disse querer manter os valores do FC Porto, que nem sempre foram respeitados no longo reinado de Pinto da Costa. O ex-treinador dos azuis e brancos e agora presidente foi claro na avaliação do momento atual “que não haja dúvidas que o FC Porto está livre de novo”, e nos seus objetivos “temos uma longa missão pela frente. Trabalho árduo numa casa que tem de ser estruturada, arrumada e organizada, disse Villas-Boas, que deve tomar posse até 12 de maio. O primeiro encontro entre o ainda presidente e o seu sucessor aconteceu (à distância) no Estádio do Dragão, no clássico FC Porto-Sporting (2-2) “o presidente convidou-me para assistir ao jogo na tribunal presidencial, mas nesta fase gostava de estar junto dos sócios”, justificou. E foi nas bancadas que recebeu a primeira grande manifestação de apoio.