O Governo acusa a provedora exonerada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Ana Jorge, assim como os membros da Mesa de “atuações gravemente negligentes”, que afetaram a gestão da instituição.
É assim que o Executivo justifica a exoneração da equipa de gestão da Santa Casa, que termina funções, esta terça-feira, segundo o despacho publicado hoje em Diário da República, que, no caso de Ana Jorge é assinado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro e pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho.
O Governo critica a falta de estratégia “de reestruturação financeira, tendo em conta o desequilíbrio de contas entre a estrutura corrente e de capital” e aponta o dedo a Ana Jorge, que não conseguiu apresentar tal plano.
No despacho publicado esta terça-feira, o Executivo considera que a administração não deu “informações essenciais ao exercício da tutela”, nomeadamente o relatório e contas do ano de 2023 e os dados da execução orçamental dos primeiros três meses de 2024.
Acusa também Ana Jorge de “ausência de resposta [a] todos os pedidos de informação até agora solicitados”.
Sublinhe-se que Ana Jorge tomou posse em 2 de maio de 2023, tendo sido escolhida pelo anterior Governo socialista de António Costa.