O membro da Comissão Política Nacional do Partido Socialista e filho do antigo primeiro-ministro António Costa decidiu, esta terça-feira, renunciar ao cargo de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, onde estava desde 2020.
O dirigente socialista admitiu que é “tempo de fechar um ciclo de quase dez anos de funções executivas em Lisboa e passar o testemunho”.
Numa carta, citada pela Lusa, Pedro Costa afirma: “Sei que a minha saída dará a Campo de Ourique, neste projeto que é muito mais do que eu, uma nova energia e, espero, uma maior disponibilidade do executivo municipal para procurar pontos de contacto e realizar investimentos necessários ao nosso bairro. Desejo a maior das sortes, ao meu sucessor, Hugo Vieira da Silva, que não duvido terá o engenho e a arte de garantir modelos eficazes para tornar esta agenda comum que construímos uma realidade e projetar campo de Ourique para o futuro”.
O dirigente do PS refere ainda que, em 2017, aceitou o desafio de se dedicar “a tempo inteiro” a Campo de Ourique com “ambição e energia, criatividade na procura de soluções”.
“Sinto que cumpri o que prometi a quem me confiou esta missão, dediquei estes oito anos a procurar, até à exaustão, soluções para os problemas do dia a dia deste bairro e com a mesma linha condutora: Um só bairro, para todos, da Avenida de Ceuta ao Largo do Rato. Assumi a presidência da junta de Freguesia em 2020, num ano que parecia não poder piorar, assisti na primeira fila à resposta que esta comunidade tão distinta deu coletivamente no combate à pandemia”, reforçou.
“Apesar do desgaste que isto significou”, prossegue Pedro Costa, “não podia pedir maior honra, não podia ter maior orgulho nesta oportunidade, por mais desafiante e brutal que tenham sido estes dias que pesam, ainda hoje, em todos nós”.
Ao longo do tempo que este no cargo, o presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, afirma que avançou “na concretização dos planos existentes, na recuperação e devolução do espaço público” e na prioridade aos “espaços verdes e de lazer”.
“Protegemos a saúde dos moradores, combatemos as desigualdades e o isolamento. Garantir que todos viviam o bairro da mesma forma, independentemente da sua classe social, da sua idade e da rua onde vivam. Assim assumimos o planeamento e a participação como prioridades, foram centenas de horas de debate sobre todos os temas, vertidos nas conclusões de que bairro queremos até ao final de 2030”, refere no documento.