Um deputado do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15) foi detetado na terça-feira no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com 13 quilos de cocaína dissimulados na bagagem. Manuel Irénio Nascimento Lopes, de 57 anos, vinha de um voo da transportadora aérea portuguesa TAP proveniente de Bissau.
Este é o segundo caso de suspeita de tráfico de droga por parte de individualidades da Guiné-Bissau detidas no Aeroporto de Lisboa nas últimas semanas.
O procurador Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença de serviço para estudar em Portugal, foi detido no dia 21 de abril “em flagrante delito” com dois quilos de um produto que se presume ser droga.
O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou a detenção de Mancanha, sublinhando que o caso está a ser tratado entre as magistraturas dos dois países.
De acordo com o jornal guineense ‘O Democrata’, o deputado Manuel Irénio Lopes, conhecido como “Manelinho”, é “um empresário que investe no setor da pedreira” e também dirigente político.
O parlamentar faz parte dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que, em 2015, criaram o MADEM-G 15, a segunda maior força política do país.
Manuel Lopes presidiu à Federação de Futebol da Guiné-Bissau durante oito anos, tendo sido destituído em 2020 pela FIFA, após ter sido considerado culpado por ter “falhado na proteção da integridade física e mental de um homem vítima de um ataque em massa”. Segundo o jornal ficou impedido de manter ligações à modalidade durante 10 anos.