O BCP apresentou um resultado líquido de 234,3 milhões de euros nos primeiros três meses de 2024. Um aumento de 8,4% face aos 216,1 milhões de euros registados face a igual período do ano passado. Só o resultado líquido da atividade em Portugal de 203,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, correspondendo a um aumento de 18,4% face a igual período de 2023.
“A evolução do resultado líquido consolidado reflete o desempenho favorável da atividade em Portugal, cujo impacto foi, no entanto, atenuado pelos menores resultados obtidos pela atividade internacional face ao primeiro trimestre de 2023”, revela a instituição financeira.
Na conferência de imprensa, Miguel Maya disse que este foi “um bom trimestre” e destacou que o banco que o BCP tem na Polónia (Bank Millennium) registou lucros pelo sexto trimestre consecutivo, de 29,7 milhões de euros, isto apesar dos custos da operação polaca com empréstimos concedidos no passado em francos suíços.
A instituição financeira revelou ainda que a evolução do resultado líquido na atividade em Portugal beneficiou da redução das imparidades e provisões verificada no último ano, com as outras imparidades e provisões a apresentarem uma diminuição de 64,4% (-31,7 milhões de euros), fixando-se em 17,5 milhões de euros no final do primeiro trimestre de 2024, enquanto a imparidade do crédito se situou 12,9% abaixo (-6,8 milhões de euros) do montante reconhecido no primeiro trimestre de 2023, totalizando 46,2 milhões de euros no primeiro trimestre.
O resultado líquido da atividade em Portugal foi condicionado pelo desempenho dos resultados em operações financeiras (-14,5 milhões de euros, passando de um proveito de 10,2 milhões de euros para 4,3 milhões de euros negativos), pelo aumento de 5,5% (+8,1 milhões de euros) registado nos custos operacionais e pela quebra de 34,9% (-4,9 milhões de euros) registada nos resultados por equivalência patrimonial.
“A evolução dos custos operacionais ficou a dever-se maioritariamente ao aumento dos custos com o pessoal, pese embora também se tenha registado um acréscimo nos outros gastos administrativos, tendo as amortizações do exercício permanecido em linha com o montante apurado nos primeiros três meses do ano anterior”, salienta o BCP.
No primeiro trimestre, as comissões líquidas totalizaram 196,4 milhões de euros, situando-se ligeiramente acima (+0,5%) do montante registado no trimestre homólogo do ano anterior. “O crescimento de 18,7% das comissões relacionadas com os mercados financeiros (+4,7 milhões de euros para 29,7 milhões de euros) mais do que compensou a quebra de 2,2% (-3,7 milhões de euros para 166,7 milhões de euros) registada nas comissões bancárias”, revela.
Mas acrescenta que “na atividade em Portugal, as comissões líquidas ascenderam a 141,4 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2024, permanecendo em linha (-0,2 %) com o montante apurado em igual período do ano anterior, uma vez que a quebra de 2,8% (-3,3 milhões de euros, para 117,7 milhões de euros) registada nas comissões relacionadas com o negócio bancário foi compensada quase integralmente pelo aumento de 14,6% (+3 milhões de euros, para 23,7 milhões de euros) registado nas comissões relacionadas com os mercados”.