O Ministério da Educação afirmou, esta quarta-feira, que a escola, onde foi denunciada uma agressão violenta a uma criança nepalesa de 9 anos, não têm conhecimento do “alegado episódio”, e acrescenta que os únicos dois estudantes nepaleses, inscritos no estabelecimento de ensino, frequentam o ensino secundário.
Numa nota do ministério lê-se que: “Contactada a escola em causa, na Amadora, a direção informou que os únicos alunos de nacionalidade nepalesa a frequentar o Agrupamento estão no Ensino Secundário. Informou ainda desconhecer por completo o alegado episódio ou qualquer situação semelhante, não tendo inclusive recebido qualquer participação sobre um ato idêntico”.
“Não existe, por isso, qualquer ocorrência disciplinar registada”, sublinha o documento.
Apesar de desconhecer qualquer agressão, o ministério liderado por Fernando Alexandre, acrescenta que” os mesmos serviços contactaram a associação que denunciou o alegado episódio, tendo esta inicialmente recusado colaborar. Após insistência, os serviços da DGEstE conseguiram apurar o estabelecimento de ensino em que a suposta agressão teria ocorrido, que afirmou desconhecer qualquer agressão”.
Na passada terça-feira, a Rádio Renascença adiantou que uma criança nepalesa, de 9 anos, foi “”vítima de linchamento” numa escola de Lisboa.
A denúncia foi realizada à rádio pela diretora executiva, de uma instituição da Igreja, o Centro Padre Alves Correia, que admitiu que “as motivações dos outros menores foram xenófobas e racistas”
O Ministério da Educação “condena veementemente qualquer ato de discriminação, xenofobia, racismo ou intolerância, dentro ou fora dos estabelecimentos de ensino”.