Ativistas ocupam Ministério dos Negócios Estrangeiros

Ativistas exigem fim do genocídio em Gaza e o corte de relações diplomáticas se financeiras com Israel.

Vários ativistas do movimento Fim ao Fóssil ocuparam, esta sexta-feira de manhã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, exigindo também um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, com a Guarda Nacional Republicana (GNR) a intervir.

“O que se passa na Palestina e o colapso climático iminente são as expressões máximas de como as instituições nos estão a falhar. Assistimos a um genocídio em direto e aprendemos desde cedo que não teremos um futuro se não acabarmos com os fósseis. Mas as instituições de poder e o governo que este Ministério representa nada fazem. Não podemos deixar que continuem a ignorar estas crises”, diz Matilde Ventura, estudante de Filosofia, citada num comunicado do movimento, enviado às redações.  

“O genocídio em curso na Palestina é a derradeira expressão de um projeto colonial sionista e a indústria fóssil está intimamente ligada à perpetuação de regimes coloniais como Israel. A libertação da Palestina exige o fim do colonialismo fóssil e de todas as formas de opressão, extração e exploração colonialista. E o futuro de todos depende do Fim ao Fóssil nos prazos da ciência”, diz, por sua vez, Catarina Bio, estudante de Direito. 

As principais reivindicações, diz ainda a nota, são o fim do genocídio em Gaza, o corte de relações diplomáticas se financeiras com Israel, bem como o boicote aos projetos de Gás Fóssil explorado em Israel, garantindo que até 2025 Portugal deixa de utilizar Gás Fóssil para produzir eletricidade.