Um mês para o Europeu de futebol. Um mês para um país vestir todo a mesma camisola. Porque até quem nem tem clube, quando se lhes pergunta, responde que é de Portugal, o que faz das provas de seleções torneios incomparáveis.
E quando se fala de Portugal Cristiano Ronaldo ecoa – e isso não vai mudar mesmo quando decidir mudar as metas.
Conseguiu a façanha de que todos digam o seu nome quando, em qualquer canto do planeta, um viajante se apresenta como cidadão português.
Não há como fintar os números apresentados, embora estes sejam hoje mais registos para a lenda do que propriamente proezas sobre-humanas.
Resumindo: os recordes que lhe são atribuídos agora são outros, sejam pelo número de internacionalizações ou pela idade que apresenta no cartão de cidadão.
E estas não são as marcas que contam as histórias que fizeram dele o nome mais português para os cicerones do mundo.
Foi, isso sim, aquele hat trick contra a Suécia, em Solna, que qualificou Portugal para o Mundial de 2014. Ou os três golos que fez na primeira jornada do Mundial de 2018, em Sochi, na Rússia. Foi o golo de bicicleta que apontou frente à Juventus, ainda ao serviço do Real Madrid, que colocou até os adeptos italianos a aplaudirem-no de pé. E os outros tantos, de qualquer lado e de qualquer distância. Para Ronaldo, cada intenção chegou a ser sinónimo de golo, fosse um livre de 35 metros ou um cabeceamento que se julgava impossível – e que colocou até estudiosos a descobrir a fórmula para saltar quase 3 metros.
Ronaldo já disse que quer atingir as 250 internacionalizações – colocando-se cada vez mais no plano de estatísticas curiosas do que propriamente no papel de jogador diferenciador.
O Euro que está à espreita poderá ser a sua última grande competição, embora pelas contas o jogador pareça confirmar confirmar que está apto para marcar presença nas cadernetas de cromos do Mundial de 2026, o único troféu que falta no seu museu.
Ele fechará a sua porta, seja ela, em que altura for, maior ou mais pequena.