A UEFA anunciou, na passada quarta-feira, que Portugal passa a ser um dos países abrangidos pelo alargamento do programa experimental, que autoriza a assistência em pé de jogos das competições europeias, algo que já estava previsto na legislação portuguesa.
A entidade reguladora do futebol europeu, depois de uma reunião em Dublin, na Irlanda, decidiu prolongar o Programa de Observação de Lugares em Pé para a época de 2024/25, alargando o programa experimental para países como Portugal, Áustria, Bélgica, Escócia e Países Baixos.
Esta iniciativa, que pretende obter “uma amostra mais significativa e com maior diversidade de dados”, para que seja possível avaliar em que condições poderá ser reintroduzida a utilização de lugares em pé de forma segura nas suas competições, já tinha sido testada na Alemanha, França e Inglaterra, em 2022/23.
A UEFA reparou numa tendência crescente, para o uso de lugares em pé, em certas provas a nível nacional, e foi sensível ao interesse manifestado por clubes e adeptos para a reintrodução desta prática nas provas europeias, alargando o estudo a países cuja legislação já o permite.
Portugal já tem prevista a utilização de lugares em pé, nomeadamente através do regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos, que prevê a definição de “áreas de assistência com lugares em pé, individuais e numerados, nas zonas com condições especiais de acesso e permanência de adeptos, equipadas com mecanismos de segurança de modelo oficialmente aprovado, que previnam o efeito de arrastamento de espetadores e desde que não aumente a capacidade de lotação do recinto”.