Governo rejeita que reforço da defesa comprometa transição energética

A questão surgiu nos últimos dois anos, coincidindo com o início da invasão russa da Ucrânia

A ministra do Ambiente e Energia rejeitou esta quinta-feira que um reforço do investimento em defesa pelos países da União Europeia (UE) vá atrasar os objetivos traçados para a transição energética.

“A defesa pode ser um catalisador, a defesa é essencialmente tecnologia, e o que se desenvolve na tecnologia da defesa pode ser usado para muitas outras áreas”, disse Maria da Graça Carvalho.

“Muitas vezes coisas que são desenvolvidas pela defesa, depois têm aplicações civis muito importantes, seja na saúde, seja no digital, até na própria energia”, acrescentou Maria da Graça Carvalho.

A governante disse ainda que a UE poderia olhar para os EUA  para perceber “essa visão moderna de defesa”, uma vez que “os EUA são muito bons em defesa porque têm as grandes universidades a trabalhar, a grande tecnologia, o saber, e é nesse sentido que depois é útil para todas as outras áreas”.

A questão surgiu nos últimos dois anos, coincidindo com o início da invasão russa da Ucrânia. Vários Estados-membros reforçaram o investimento em defesa e praticamente todos anunciaram que iriam investir mais.

Em paralelo, a decisão foi criticada, em particular pelos partidos políticos que pertencem ao grupo político dos Verdes, que alertaram para os retrocessos ambientais decorrentes do investimento em equipamento e capacidades militares.