João Gabriel atira-se a Pedro Proença  

” Isolando-nos do ruído dos seus acólitos, o que é que habilita Proença ao lugar? Será que o trabalho desenvolvido na Liga é assim tão meritório?”

João Gabriel teceu, esta sexta-feira, algumas críticas a Pedro Proença, através de uma mensagem publicada na rede social LinkedIn, dizendo que este “tenta editar a sua história à frente da Liga plantando sucessos e incentivando elogios”.  

“Há três semanas, no podcast Negócios Record, Jorge Pavão de Sousa, diretor geral da DAZN desmontou, com extrema simplicidade e clareza, os argumentos sobre os méritos e as promessas de maximização de receitas que a centralização supostamente vai trazer. Três semanas depois, a Liga entendeu ser boa ideia contestar as razões de Pavão de Sousa. E a verdade é que Rui Caeiro, diretor geral da Liga, assim tentou”, começa por dizer.  
 
“O problema é que à objetividade e consistência do diretor geral da DAZN, Caeiro perdeu-se em leviandades declarativas e lugares-comuns, repetidas à exaustão, que apenas serviram para reforçar todas as dúvidas, mas principalmente todas as certezas expressas por Pavão de Sousa. Em 30 minutos, e apesar da insistência dos jornalistas, Caeiro foi incapaz de apresentar qualquer métrica, números ou evidencias que sustentem as certezas da Liga.” 
 
Neste sentido, diz ainda João Gabriel, a Liga, “por força de quem a preside, transformou-se numa gigantesca máquina de propaganda que exalta e inflaciona os feitos alcançados, mas principalmente que combate com veemência as críticas, grandes ou pequenas, venham elas de onde vierem, não percebendo que nas críticas também se cresce”.  
 
“Mas há uma coisa que Rui Caeiro tem razão, ‘a centralização é uma bandeira de Pedro Proença’, continua, e interroga: “E porque é que isto é relevante? Porque Proença tenta editar a sua história à frente da Liga plantando sucessos e incentivando elogios”.  

“E tem uma entourage fiel que lhe faz as vontades, e é assim que ele vive numa dimensão paralela, porque na verdade a perceção não combina com a realidade. E é nessa ode de acólitos que o glorificam e que o apontam como sucessor natural – único na capacidade, no talento e nos feitos – de Fernando Gomes à frente da FPF, que Proença se vai convencendo de méritos que não tem. Na verdade Proença não quer ir a eleições, quer ser aclamado e levado num andor até à cidade do Futebol!” 

João Gabriel, no mesmo post, interroga-se ainda: “Mas, isolando-nos do ruído dos seus acólitos, o que é que habilita Proença ao lugar? Será que o trabalho desenvolvido na Liga é assim tão meritório? O futebol português está mais competitivo? Estamos melhor na Europa? Este ano descemos para 10º no ranking europeu, atrás da Grécia, Turquia e Chéquia. Temos mais público? Calendários mais adequados? Estão os clubes portugueses financeiramente melhor? Perante as respostas, creio que uma qualquer consultora teria dúvidas para recomendar Proença sequer para o lugar que hoje ocupa!”.