PSP de Braga considera que aumento da criminalidade violenta está ligada à amnistia do Papa

O distrito registou um aumento dos crimes violentos e graves.

O comandante distrital de Braga, da Polícia de Segurança Pública (PSP), Henriques Almeida, considerou, esta terça-feira, que a “amnistia papal” é a principal responsável pelo aumento, em 25,5%, em 2023, da criminalidade violenta e grave nos quatro concelhos sob a sua jurisdição.

No âmbito da cerimónia comemorativa do 147º aniversário do Comando de Braga, que decorreu em Vila Nova de Famalicão, o comandante da PSP precisou que, entre 2022 e 2023, ocorreram mais 50 crimes violentos e graves.

Henriques Almeida referiu também que foi registado um aumento dos crimes de roubo na via pública, “muitos deles cometidos na fase final do ano, em resultado da aplicação da Lei da Amnistia e da consequente libertação de alguns reclusos”.

“Alguns dos seus autores foram de novo detidos e foi-lhes aplicada a medida de coação de prisão preventiva”, explicou o comandante da distrital da PSP de Braga, reforçando que, a partir daí, os números voltaram à normalidade.

Em relação à criminalidade geral, o responsável referiu que deu-se um aumento de 10 por cento, o que corresponde a mais 603 crimes,  contudo, se se excluírem os registos de crimes que resultaram da proatividade da PSP, traduzida em mais ações no terreno, o aumento ficou-se pelos 7,2 por cento, ou seja, mais 378 crimes do que em 2022.

Este aumento foi “em muito impulsionado pelas burlas informáticas”.