Os três detidos, no caso de burla informática no grupo Chimarrão, foram, esta sexta-feira, libertados pelo Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), depois de o Ministério Público (MP) admitir que necessita de “mais tempo para analisar as provas”.
O MP, segundo uma fonte judicial, citada pela agência Lusa, entendeu que era necessária uma análise mais aprofundada da prova recolhida, contra os três suspeitos, que foram detidos na passada quarta-feira.
Os suspeitos, que foram entretanto presentes a juiz para primeiro interrogatório, acabaram por ser libertados.
O juíz de instrução, Nuno Dias Costa, decidiu libertar os três suspeitos, sabendo que, se for necessário, poderá “notificar os arguidos mais tarde” para prestar declarações nesta investigação, onde está em causa um cibercrime e criminalidade económico-financeira que terá resultado na apropriação de cerca de 40 milhões de euros dos fundadores do grupo de restauração.
Os três detidos são considerados suspeitos dos crimes de acesso ilegítimo e sabotagem informática, falsificação de documento e branqueamento de capitais, tendo os indivíduos, segundo a Polícia Judiciária (PJ), aproveitado a “situação de vulnerabilidade das vítimas”, assumindo gradualmente o controlo das empresas do grupo e desviando “património avaliado em dezenas de milhões de euros”.