Ministra da Saúde diz que plano de verão é da responsabilidade de administradores hospitalares

Ana Paula Martins demonstrou-se disponível para ajudar.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse, esta sexta-feira, que a elaboração do Plano de Verão, para o setor da Saúde, é da responsabilidade dos administradores hospitalares, tendo demonstrado abertura para “ajudar”.

À margem de uma cerimónia de assinatura de contratos, para obras no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a ministra disse que: “As preocupações são muito legítimas, mas o enquadramento legal do Plano de Verão relativamente aos constrangimentos das urgências, e em alturas como esta de muitos feriados com muito turismo e equipas mais diminutas, é dos nossos administradores hospitalares, pessoas nomeadas e avaliadas pela CRESAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública] com competências para fazer a gestão das entidades públicas”.

Enquanto respondia a perguntas, dos jornalistas, sobre o possível encerramento de urgências e as dificuldades em ter equipas disponíveis na época de verão, Ana Paula Martins sugeriu que se discutisse com os administradores hospitalares ou se consulta-se a lei.

Ana Paula Martins entende que são os administradores “quem tem a responsabilidade dos hospitais, e agora dos centros de saúde também com as ULS [Unidades Locais de Saúde] de colocar nos seus ‘sites’ e portais essa organização”.

“Têm a responsabilidade de fazer o Plano de Verão e encontrar soluções no terreno”, apontou a governante, acrescentando que o Ministério da Saúde está disponível para “ajudar”.

“Todos os dias enviamos mais um email com contatos para que reportem situações de constrangimento mais repentino por exemplo por doenças de médicos ou prestadores que não compareceram (…). Falamos com todos eles. Naqueles em que há mais constrangimentos estamos deste lado para ajudar não só em necessidades de contratação, mas também de reforço das equipas”, afirmou

Ana Paula Martins abordou ainda a questão da viabilidade e operacionalidade da linha SNS Grávidas, assegurando que existem vantagens no encaminhamento a partir da linha, e não através da consulta de dados no site.

“Nos primeiros dois dias em que tivemos a linha SNS Grávidas tivemos 450 grávidas orientadas para o local onde podiam ser atendidas. Antes as grávidas andavam à procura dos locais onde podiam ter assistência. A limitação das vagas e da oferta é dinâmica”, afirmou a ministra da Saúde.

Para a governante, os ” apas em papel ficam desatualizados rapidamente”, mas que “pela linha é possível, pelos algoritmos, orientar com maior certeza”, sendo que assim também se garante que o hospital está à espera dessa grávida e há “maior conforto e maior segurança”.