Há quase 400 anos, a 10 de agosto de 1628, um navio de guerra era lançado ao mar, a partir do porto de Estocolmo. Com 64 canhões, cerca de 70 metros de comprimentos e 1,275 metros quadrados de velas, o Vasa era uma das mais temíveis embarcações do seu tempo. Porém, poucos minutos depois de tocar na água, uma rajada de vento mais forte fez o navio adernar. O dispendioso navio, símbolo das ambições expansionistas do Rei Gustavo Adolfo da Suécia, afundava-se sem deixar rasto.
Acabou por ser encontrado na década de 1950, intacto, com as suas esculturas entalhadas na madeira, em perfeito estado de conservação. Depois de criteriosamente restaurado, em 1990 passou a ter uma casa só para ele, o Museu Vasa, que é atualmente o mais visitado de toda a Escandinávia.
Agora, os responsáveis estão a preparar uma nova estrutura para o famoso navio, para que as suas tábuas não comecem a estalar sob o seu peso. É que o Vasa não foi feito para navegar, como ficou bem claro na sua viagem inaugural, mas os navios também não se fizeram para ficarem em terra seca. A operação é particularmente complexa: com as suas mais de mil toneladas, o Vasa é uma espécie de baleia fora de água.