O chanceler alemão, Olaf Scholz, sublinhou, etsa terça-feira, que não haverá “nenhuma vitória militar, nenhuma paz ditada” pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na guerra contra a Ucrânia.
Numa conferência internacional, em Berlim, onde também esteve presente o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o líder alemão admitiu que “promover esta consciência é o que está em causa na cimeira de paz que se realiza este fim de semana na Suíça” e voltou a reassegurar que os aliados apoiarão a Ucrânia “durante o tempo que for necessário”.
Na abertura dos trabalhos, Scholz pediu aos aliados ocidentais que reforçem as defeses aéreas da Ucrânia, que são essenciais face ao aumento dos bombardeamentos russos.
“O que o exército ucraniano mais precisa atualmente é de munições e armas, em particular para a defesa aérea”, acrescentou o chanceler alemão, apontando que Berlim vai entregar à Ucrânia, um terceiro sistema de defesa antiaérea Patriot e Iris-TSLM, tanques com armamento antiaéreo Gepard, mísseis e munições de artilharia.
O chanceler da Alemanha relembrou também, que o Banco Mundial (BM) precvê que serão serão necessários 500.000 milhões de dólares (cerca de 465.200 milhões de euros] para a reconstrução da Ucrânia nos próximos dez anos. “Dadas as dimensões de que estamos a falar, o capital privado deve participar”, disse Scholz.
“Aqueles que se envolverem numa fase inicial, que cultivarem e expandirem as suas relações económicas com a Ucrânia estarão na linha da frente”, sublinhou, defendendo que a a reconstrução da Ucrânia também pode beneficiar as empresas estrangeiras que investem no país.
O chefe de Estado da Ucrânia está na Alemanha, desde esta terça-feira, para para participar na terceira Conferência Internacional para a Reconstrução da Ucrânia, para além do encontro com Scholz , onde irá debater sobre o reforço da defesa aérea e a produção de armas.
Nesta conferência estão presentes, no total, mais mais de 2.000 pessoas de 60 países, entre políticos, empresários, sociedade civil e municípios, nomeadamente a Presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Nadia Calviño, o Secretário-Geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), Mathias Cormann, e a Presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), Odile Renaud-Basso, também se deslocaram a Berlim.