O Tribunal da Relação do Porto decidiu, esta quarta-feira, manter em prisão preventiva Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões, e libertar Hugo Carneiro, outro arguido do processo.
Lê-se no acordão que a entidade judicial decide “negar provimento aos recursos dos arguidos Fernando Augusto da Silva Monteiro Madureira e Sandra Manuel Bessa do Vale Madureira” e revogar “a prisão preventiva aplicada ao recorrente Hugo Carneiro”.
Apesar de sair em liberdade, o arguido continua proibido de aceder ou permanecer “em recinto desportivo onde se realizem espectáculos desportivos de qualquer modalidade e/ou escalão e/ou quaisquer acontecimentos relacionados com o desporto, do “Futebol Clube do Porto” e também a “obrigação de não contactar, por qualquer meio (escrito, falado ou tecnológico), direto ou por interposta pessoa, com qualquer interveniente processual dos presentes autos, à exceção de familiares diretos (mulher, filhos, noras e/ou genros), bem como quaisquer elementos da direção da Associação Super Dragões”.
Hugo Carneiro deve ainda apresentar-se “no órgão de polícia criminal da área da sua residência três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 08:00 e as 22:00 horas” e também “nos dias e horas em que decorra jogo, nacional e/ou internacional, que envolva a equipa principal de futebol profissional do “Futebol Clube do Porto”.
No final de janeiro a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 12 pessoas, nomeadamente dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, no âmbito da Operação Pretoriano que investiga os incidentes da Assembleia-Geral extraordinária do FC Porto.
No entender do Ministério Público, a claque dos Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” azul e branca.