O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros disse, este domingo, que o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, não tinha mandato para representar a UE na reunião de líderes da Organização dos Estados Turcos (OTS), que decorreu entre sexta-feira e sábado.
O esclarecimento do responsável europeu surge depois de vários dirigentes da UE se terem visto obrigados a demarcar-se da reunião realizada pelo governante húngaro ao Kremelin, na passada sexta-feira, onde esteve com Vladimir Puntin.
Esta reunião aconteceu pouco depois de a Hungria ter assumido, a 1 de julho, a presidência rotativa do Conselho da UE, que exercerá até 31 de dezembro.
Em comunicado, Borrel afirma que este papel “não implica qualquer representação da União” em questões de política externa, dado que essa função cabe ao Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, e ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
“A Hungria não recebeu qualquer mandato do Conselho da UE para avançar nas relações com a Organização dos Estados Turcos”, clarificou o responsável.
O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros entende que esta visita do primeiro-ministro húngaro, à reunião informal dos dirigentes da OTS, que decorreu em em Shusha, no Azerbaijão, insere-se nas “relações bilaterais” entre a Hungria e esta entidade.
A Organização dos Estados Turcos, criada em 2009, inclui o Azerbaijão, o Cazaquistão, o Quirguistão, a Turquia e o Uzbequistão, participando também nos seus trabalhos o Turquemenistão e a Hungria, na qualidade de observadores.