O primeiro-ministro espanhol defendeu, esta quarta-feira, a limitação do financiamento público de meios de comunicação e maior transparência sobre proprietários e audiências, como forma de combater a desinformação e garantir a independência dos jornalistas.
Pedro Sánchez apresentou no Parlamento espanhol as linhas gerais de um Plano de Ação pela Democracia, que contemplam a transposição de regulamentos e diretivas comunitárias, apresentadas em Bruxelas no final de 2020, no âmbito do Plano de Ação para a Democracia Europeia apresentado por Bruxelas, e da Lei Europeia da Liberdade dos Meios de Comunicação Social aprovada em março passado.
O chefe de Governo fez questão de sublinhar que as medidas foram aprovadas por todos os eurodeputados do país, com exceção dos do partido de extrema-direita Vox. Sánchez desafiou assim os partidos a votarem favoravelmente a legislação agora nacional.
Em resposta, a direita acusou o primeiro-ministro de querer desviar as atenções de suspeitas de corrupção e tráfico de influências que envolvem a sua mulher, e de querer calar e censurar meios de comunicação que denunciaram o caso.