No All England Club, em Londres, Inglaterra, esperava-se mais uma batalha hercúlea entre Novak Djokovic e Carlos Alcaraz, mas a história de 2023 só se repetiu no resultado final, com a vitória do espanhol, de 21 anos. Ao contrário do triunfo do ano anterior, alcançado após uma maratona que demoraria o equivalente a mais de três jogos de futebol, no último domingo, o caminho até ao troféu, entregue pelas mãos de Kate Middleton, foi tão facilitado que a única hipótese de Djoko cumprir a tradição de comer um pedaço de relva seria durante uma das infrutíferas tentativas de resposta ao adversário. Com o sérvio demasiado ausente para dividir atenções, o protagonismo de Carlitos só foi comparado ao da princesa de Gales.
Na companhia da filha, Charlotte, Kate surgiu pela segunda vez em público desde março passado – quando anunciou a sua luta contra o cancro – e foi recebida de forma calorosa, com direito a uma ovação de pé. No final, a vénia do jovem Carlos Alcaraz a Kate contrastou com a experiência do veterano sérvio, mas ninguém duvida que sairá das suas próprias mãos a possibilidade de continuar a aprimorar este momento no futuro próximo. São atualmente quatro títulos do Grand Slam conquistados nas quatro finais em que marcou presença e tornar-se o primeiro tenista com menos de 22 anos a chegar a uma mão cheia de troféus nos principais torneios de ténis parece quase inevitável numa altura em que dispõe de duas oportunidades para atingir o feito até maio do próximo ano.
A festa espanhola estendeu-se de Londres a Berlim, onde o príncipe William e o filho, George, e o rei Felipe e a infanta Sofia dividiram bancada. Depois de Alcaraz, mais dois miúdos na linha da frente dos festejos vizinhos: Nico Williams, que completou 22 anos no último dia 12 de julho, e Yamine Lamal, que celebrou o 17º aniversário na véspera do jogo frente à Inglaterra.
Após Kate ter passado o primeiro troféu da tarde a Espanha, foi a vez de o marido assistir à segunda parte da festa de nuestros hermanos. Que continuou noite dentro, talvez até para o menor Yamine, já que, sem estatuto real, conseguiu também ter um país inteiro a fazer-lhe uma vénia.
