O primeiro-ministro de Espanha mostrou-se disponível para testemunhar no caso sobre tráfico de influências e corrupção que envolve a sua mulher. No entanto, pediu, esta quarta-feira, ao juiz de instrução para o fazer por escrito.
Pedro Sánchez foi convocado, na segunda-feira, para ser ouvido como testemunha no dia 30 de julho no Palácio da Moncloa, sede da presidência do Governo de Espanha.
Em resposta, conhecida esta quarta-feira, o chefe do governo espanhol manifesta “vontad” de colaborar com a justiça, “como não podia ser de outra maneira”, mas que, tendo em conta o seu cargo, o seu testemunho deve ser feito por escrito e não de forma presencial.
O primeiro-ministro invoca a lei do processo penal espanhola, que prevê que o chefe do Governo preste declarações perante um juiz por escrito em casos relacionados com o exercício do cargo.
Recorde-se que na sexta-feira passada, a mulher de Sánchez, Begoña Gómez invocou o seu direito ao silêncio e não foi ouvida pelo juiz.
A sua defesa justificou que não estão asseguradas “as garantias” previstas num Estado de direito.