Oito anos depois, o MUDE está de volta à Baixa

Alguns dos espaços do museu, embora já visitáveis, só deverão entrar em pleno funcionamento ao longo dos próximos meses.

Quando fechou portas para remodelação em maio de 2016, foi anunciado, com o habitual otimismo, que reabriria em setembro do ano seguinte. Mas os anos passavam e o MUDE – Museu da Moda e do Design, continuava inacessível, uma situação que se arrastou devido à insolvência da Soares da Costa, responsável pela obra, com uma dívida de mais de 700 milhões de euros aos credores.

Os trabalhos foram retomados em 2021, pela Teixeira Duarte, e culminaram na reabertura, ontem, com uma exposição dedicada à história do edifício, um grande prédio pombalino em plena Baixa (Rua Augusta, n,º 24) que serviu de sede ao Banco Nacional Ultramarino. Dividida em 16 núcleos, a exposição acompanha o lugar desde o período pré-terramoto até ao projeto atual. Neste primeiro fim de semana a entrada será gratuita.

No coração do MUDE encontra-se a coleção de Francisco Capelo, adquirida em 2002 pela Câmara de Lisboa, e que consiste em cerca de 1300 peças de moda e design. Entretanto, o acervo tem crescido sobretudo graças a doações e conta já, segundo o Observador, com cerca de 17 mil peças. Alguns dos espaços do museu, embora já visitáveis, só deverão entrar em pleno funcionamento ao longo dos próximos meses.