A atleta portuguesa, Ana Cabecinha, finalizou, esta quinta-feira, a sua última prestação olímpica, tendo alcançado o 43.º lugar nos 20 quilómetros marcha.
Apesar de ter ficado longe das medalhas, Ana Cabecinha reconhece, citada pela TSF, que esta participação reflete que todo o esforço que fez ao longo dos anos valeu a pena e admite que a prova desta quinta-feira foi “muito difícil”.
“Muito duro a nível físico e a nível emocional, claro, porque não estava minimamente preparada para fazer 20 km com muito pouco tempo, mas desfrutei de tudo, de todos os quilómetros. Foi uma despedida bonita e em grande”, diz a especialista em marcha, acrescentado que o seu filho, nascido há três meses, é a sua “medalha”.
“Ele estava à minha espera, não na meta, porque não foi permitido pela segurança da organização do Comité Olímpico Internacional. O nosso Comité tentou que isso acontecesse, mas eu já tive com ele. Foi maravilhoso, antes de acabar parei para lhe dar um beijinho, ele estava ao pé da grade. Foi a melhor sensação do mundo”, contou a atleta.
Ana Cabecinha, que deu por terminada as suas prestações em alta competição, refere pretende continuar ligada ao atletismo: “Vou fazer as minhas provas populares, desfrutar, mas já não como atleta de alta competição”.
A atleta portuguesa reconhece que não tinha planeado este final de carreira, mas assegura que tudo “valeu a pena”.
“Como atleta, estas últimas duas voltas, o público, o apoio, tive uma ovação enorme durante o percurso na última volta e foi muito bonito, é sinal que a minha carreira valeu a pena e que as pessoas valorizaram todo o meu trabalho durante estes anos”, acrescenta.