Supremo Tribunal da Venezuela vai certificar resultados eleitorais

A mais alta instância judicial venezuelana aceitou o pedido do presidente reeleito e irá certificar os resultados das eleições de domingo, contestados pela oposição e não reconhecidos por parte da comunidade internacional.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela aceitou, esta sexta-feira, o pedido feito por Nicólas Maduro, Presidente do país, para certificar os resultados eleitorais das  das presidenciais de domingo, nas quais foi reeleito para um novo mandato, mas que a oposição contesta.

A presidente da Sala Eleitoral, uma das seis salas que compõem o STJ, numa comunicação ao país, transmitida na televisão estatal, anunciou que vai iniciar “o processo de investigação e verificação para certificar de forma irrestrita os resultados” eleitorais de domingo, a pedido do Presidente venezuelano.

A responsável judicial indicou que os dez candidatos eleitorais, Nicolás Maduro, Luis Martínez, Edmundo González, Daniel Ceballos, Antonio Ecarry, Benjamín Raússeo, Enrique Marques, José Brito, Javier Bertucci e Claudio Fermín, devem comparecer perante o STJ durante a tarde (hora local).

Na passada quarta-feira, o chefe de Estado da Venezuela pediu ao TSJ para iniciar a verificação dos resultados das eleições de domingo, que têm sido contestados pela oposição e não reconhecidos pela comunidade internacional.

À saída do STJ, depois de apresentar o pedido de certificação dos votos, Maduro indicou, em declarações aos jornalistas presentes, que a Sala Eleitoral deve reunir-se “para resolver este ataque ao processo eleitoral e esclarecer tudo o que houver que esclarecer”.

O Presidente da Venezuela, sem precisar o conteúdo do recurso, explicou que o Governo e o Partido Socialista Unido da Venezuela, encontram-se prontos para divulgar todas as atas eleitorais, tendo ainda acusado a oposição interna com a ajuda de opositores no estrangeiro, de tentar “um golpe de Estado contra o governo, utilizando o processo eleitoral”.

Maduro pediu ainda que os resultados eleitorais sejam certificados “com um parecer de peritos do mais alto nível técnico” e explicou estar na disposição de ser convocado, interrogado, investigado e submetido à justiça.