O Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou mais de 100 milhões de euros até junho com a prestação de serviços por médicos, que trabalharam quase 2,5 milhões de horas, segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
A este valor há que somar ainda quatro milhões com enfermeiros e mais de 3,3 milhões de euros com outros profissionais de saúde, totalizando uma despesa superior a 108 milhões de euros.
A ACSS revelou ainda que, segundo os registos apurados até junho, existia «um total de 8.111 médicos especialistas com horas extraordinárias realizadas» sem estarem no regime de dedicação plena e que neste lote havia 1.288 médicos especialistas com mais de 150 horas extraordinárias realizadas.
Já entre os 8.506 médicos em regime de dedicação plena registados até junho, 2.850 fizeram trabalho extraordinário e 291 ultrapassam já as 250 horas extraordinárias.
De acordo com o Código de Trabalho, os médicos têm de cumprir 150 horas de trabalho suplementar por ano ou 250 horas no caso de integrarem o regime de dedicação plena.