INE confirma abrandamento da inflação para 2,5% em julho

É o segundo mês consecutivo de desaceleração, depois de altos e baixos desde o início do ano.

A inflação desacelerou para 2,5% no mês de julho, confirmou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este foi o segundo mês consecutivo de abrandamento depois de vários avanços e recuos desde o início do ano.

“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,5% em julho, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, informa o gabinete de estatística, adiantando que o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 2,4% (idêntica em junho). Já a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 4,2% (9,4% no mês precedente), “essencialmente devido ao menor aumento mensal registado nos preços da eletricidade (0,3%) quando comparado com o que se tinha verificado em julho de 2023 (15,4%)”. 

Por sua vez, a variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,8% (1,8% em junho).

O INE adianta também que a variação mensal do IPC foi -0,6% (nula no mês precedente e -0,4% em julho de 2023) e que a variação média dos últimos doze meses foi 2,5% (valor idêntico em junho). 

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 2,7%, valor inferior em 0,4 p.p. ao registado no mês anterior e superior em 0,1 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em junho, a taxa em Portugal tinha sido superior à da área do Euro em 0,6 p.p.). 

“Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,6% em julho (2,7% em junho), inferior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 2,8%)”, lê-se na nota divulgada que acrescenta que o IHPC registou “uma variação mensal de -0,8% (-0,3% no mês anterior e -0,4% em julho de 2023) e uma variação média dos últimos doze meses de 3,1% (3,2% no mês precedente)”.