Mpox. Especialistas da UE reunidos para abordar doença

O Comité de Segurança da Saúde da UE, composto por especialistas da Comissão Europeia e dos Estados-membros, esteve reunido.

A comissária europeia Stella Kyriakides anunciou que esteve a debater com o ministro da Saúde da Suécia, Jacob Forssmed, os recentes desenvolvimentos após a notificação de um caso de Monkeypox (Mpox) clade I no país. Kyriakides destacou a importância da vigilância e preparação e garantiu que a União Europeia (UE) continuará a oferecer “todo o apoio necessário”.

No mesmo dia, a UE realizou uma reunião técnica em resposta à emergência de saúde pública declarada pela OMS devido ao surto de Mpox na República Democrática do Congo. O Comité de Segurança da Saúde da UE debateu medidas para proteger os cidadãos, embora não tenham sido divulgadas ações específicas.

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) indicou que é “altamente provável” que a UE registe mais casos importados da variante clade 1 de Mpox, considerada a mais perigosa. No entanto, a transmissão sustentada na Europa é considerada muito baixa se os casos forem rapidamente diagnosticados e controlados.

Na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informou que nenhum dos casos de Mpox registados em Portugal é da variante clade I. Entre junho de 2023 e julho de 2024, o país reportou 244 casos, incluindo três entre maio e julho deste ano. A DGS realçou a importância da deteção precoce, diagnóstico e prevenção para conter a transmissão. Também recomenda a vacinação preventiva para grupos de maior risco, tendo já vacinado 9.391 pessoas desde julho de 2022.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Mpox em África como uma emergência global, destacando que a nova variante é mais contagiosa e perigosa que a de 2022, sendo transmitida por contacto próximo, inclusive sem necessidade de contacto sexual. Ao contrário de surtos anteriores, a nova estirpe provoca lesões genitais, dificultando a identificação e aumentando o risco de transmissão não intencional.

O Programa das Nações Unidas para o VIH/SIDA (ONUSIDA) expressou preocupação relativamente à rápida disseminação do Mpox, destacando o seu impacto especialmente grave nas comunidades mais vulneráveis. Angeli Achrekar, diretora executiva adjunta do ONUSIDA, classificou a situação como alarmante, enfatizando os efeitos devastadores dessa variante no continente.